Depois de ter visto aquilo tudo, tomei uma decisão. Iria fazer TODOS os passeios possíveis naquele lugar. Já vi que não aconteceria mais uma ida ao cassino e que mesmo assim voltaria com os bolsos pesados (de dívidas, é óbvio). Então assim, parti para o Parque Nacional Iguazú, no “lado argentino” das Cataratas.
Estava com medo de achar repetitivo, mas não. Eu vi as Cachoeiras por outro lado, ou melhor, por CIMA delas. Eu não conseguia ver o fundo das cataratas em meio às névoas eternas causadas pelo vapor d’água, mas conseguia sentir toda intensidade daquele rio descendo por água abaixo (literalmente).
As passarelas argentinas ainda possuíam histórias. Além de serem (beeeeem) mais compridas que as brasileiras, muitas delas já foram devastadas pelas enchentes do passado, sendo que algumas já chegaram a provocar mortes! Mucho Loco!
Aproveitando que já tinha conhecido aquelas águas, resolvi conhecer a origem delas: a Usina Binacional Itaipu. Eu já sabia que a construção daquela que já foi a maior usina hidrelétrica do mundo havia modificado completamente o curso das águas da região. Inclusive, há certo saudosismo com relação às Sete Quedas, que desapareceram com a tal usina. Não tem como dizer que a mudança foi horrível para a região, mas não dá para esquecer os estragos feitos na natureza local.
Apesar de tudo, a Itaipu tem um programa bastante inovador. Para começar, a usina é parte de um contrato que a divide entre o Brasil e o Paraguai. Tudo lá é dividido mesmo, inclusive os trabalhadores (50% são brasileiros e 50% são paraguaios), mas o mais curioso é que a região em volta da usina não pertence a NENHUM país. É como se fosse uma zona neutra e internacional. Outra curiosidade é que a cada trabalhador que é contratado lá, deve plantar uma árvore, com direito a plaquinha com nome e tudo mais. Muito show.
Chegando naquele monumento de concreto, podia escolher entre dois tipos de visita, a turística e a técnica. Eu iria fazer a técnica, mas soube que era extremamente profissional (e eu realmente passo longe da engenharia) e demorado, então fiquei com a turística, e não me arrependi. Passamos por cima, passamos por dentro e tudo mais. Tudo muito grande e incrivelmente calmo.
Aquelas águas paradas chegam a ser assustadoras. Mas o interessante da usina é o Canal da Piracema. É por lá que passam todas as espécies de animais marinhos, mostrando que a usina estava sim, se preocupando com a natureza local. Muito bom. O passeio valeu demais!
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